Me levantei novamente e fui até a porta. Me joguei contra ela. Ela não abriu. Me joguei novamente. Meu corpo já começara a doer, mas continuei. Outra vez me joguei contra a porta. Mas dessa vez ouvi o Joe gritar.
-Demetria, o que você está fazendo ?
-Eu PRECISO falar com você! –gritei e me joguei mais uma vez, com mais força. Meu corpo ardia, mas eu precisava falar com ele-
-PARA COM ISSO AGORA! –gritou ele com a voz falhando-
-SÓ SE VOCÊ VIER FALAR COMIGO –senti ele se desencostar da porta e falar algumas palavras incompreensíveis pra meus ouvidos. Vi a maçaneta girar e me levantei. Ele saiu do quarto com o rosto inexpressível e eu comecei a falar- Joseph, eu quero ir embora, ou melhor, eu vou embora. Eu não posso ficar com você e espero que entenda isso. Meu coração dói só de pensar que ficarei longe de você, mas é isso que eu farei. Me perdoe, eu não quero te magoar nunca, mas isso tem que acabar, pelo menos por enquanto. Eu não sei se posso falar de separação –quando mencionei a palavra ele arregalou os olhos- ou se é muito cedo pra isso. Mas eu tenho que ir. Não sei se é a coisa certa, mas eu tenho. Nossos mundos são diferentes demais e eu não quero isso num relacionamento. Nossa vida sempre foi lotada por mídia, fotos, tudo, mas agora, o que temos ? Não nos vemos a duas semanas e eu quase me mato tentando quebrar uma porta pra te ver. Isso não é relacionamento. Isso não é vida. Joe, eu vou embora –me virei, peguei o resto das roupas que tinha levado e olhei pra ele- Joe, não dá –olhei pra baixo, depois voltei meu olhar pra ele- Não me procura mais tá ? –uma lágrima rebelde caiu e a vi manchar o chão. Me virei e saí do ônibus, estava completamente cercado pro fãs, não falei com nenhum e sai correndo pela rua. Corri de olhos fechados por uns 15 minutos, até que cansei e procurei um taxi, achei rapidamente e subi nele. Foi uma longa viagem de meia hora até o aeroporto. Quando cheguei paguei o taxista e comprei o primeiro voo até Nova York. 5 minutos. Me arrumei e logo me chamaram pra embarcar. Me sentei na janela do avião e olhei atentamente. Vi o único homem que me fez feliz correr até a pista e levantar um cartaz escrito “Demi, volta pra mim, sai desse avião!”. Olhei com atenção e pensei bem. Me arrisquei a soltar o cinto de seguranças, mas depois o prendi novamente, não voltaria pra ele, pelo menos não por enquanto, queria que tudo passasse, que nada tivesse acontecido, mas não tem como voltar no tempo...
Ai gente, mil desculpas, é que como ninguém comentava eu fiquei meio insegura pra postar, ai meu deus.
beijos
